Divã
O seu colo é o meu divã
Repouso nele os meus pensamentos
Te dou minhas verdades
Querendo apenas me entregar
Te falo da nocividade em te amar
Os seus ouvidos atentos
Confabulando teorias
Norteada pela ética, sem perder a razão
Diagnostica os meus dilemas
Por tanto tempo incompreendidos
Fito os meus olhos no seu rosto
Nele há um encanto tão raro
Num embaraço constante
Palavras ecoam sem sentido
Vejo-me em um labirinto
No vazio das horas
Surge um tórrido silêncio
Incendiando os mistérios
Nos versos deste poema
Traduzem-se os sentimentos