Divã

O seu colo é o meu divã

Repouso nele os meus pensamentos

Te dou minhas verdades

Querendo apenas me entregar

Te falo da nocividade em te amar

Os seus ouvidos atentos

Confabulando teorias

Norteada pela ética, sem perder a razão

Diagnostica os meus dilemas

Por tanto tempo incompreendidos

Fito os meus olhos no seu rosto

Nele há um encanto tão raro

Num embaraço constante

Palavras ecoam sem sentido

Vejo-me em um labirinto

No vazio das horas

Surge um tórrido silêncio

Incendiando os mistérios

Nos versos deste poema

Traduzem-se os sentimentos

Wesley Júlio Silva
Enviado por Wesley Júlio Silva em 23/02/2017
Código do texto: T5922077
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