Corpos de Barro
Silencioso e calmo quantas coisas diz
Enquanto a noite caminha n' uma valsa
Somos pares, e esta involução contradiz
Alheia a sina, como o mar à terra, a ilusão é falsa
De marés que sobem e descem na areia
escancaradas portas abertas encontro
E como espasmos que brotam das veias
Me visto e dispo neste meu ser que afronto
Desmistifico o que esconde minha fala
Solidifico a lealdade ao olhos teus
De mar em mar vamos deixando o que cala
E as horas lentas tiram de cena os devaneios meus.