te olho de longe
No parque soltam-se as mãos,
vou até a banca ...
de longe
te olho à distância ...
é você à distância,
te vejo de longe.
Saia, coque alto,
todas as estrelas
sabemos apenas
de longe.
Olho você de longe...
Sei que vivi
de perto contigo,
sei do que vivi
de perto contigo,
sei que vivi
perto contigo.
Sei do que tive contigo.
Mas há muito não lhe via de longe.
Fico assim...
vejo tua forma à distância.
De lá pede que te conte
como se é de longe.
Como se é de longe?
mas tenho esse você
que nunca será de longe.
Da mesma forma não
era quando te vi antes.
Sua nova imagem
é mosaico,
cachos,
longas saias,
grandes lentes,
vida pensada, condensada em atos.
E vem paixão pelos passos,
é passado condensado,
ponte.
É ver tua parte comigo de longe,
a que você quer que eu te conte
quando te vejo de longe.
Entendo...
Quando o outro diz que nos vê,
ajuda-nos a ser o quê
só não se adianta.