te olho de longe

No parque soltam-se as mãos,

vou até a banca ...

de longe

te olho à distância ...

é você à distância,

te vejo de longe.

Saia, coque alto,

todas as estrelas

sabemos apenas

de longe.

Olho você de longe...

Sei que vivi

de perto contigo,

sei do que vivi

de perto contigo,

sei que vivi

perto contigo.

Sei do que tive contigo.

Mas há muito não lhe via de longe.

Fico assim...

vejo tua forma à distância.

De lá pede que te conte

como se é de longe.

Como se é de longe?

mas tenho esse você

que nunca será de longe.

Da mesma forma não

era quando te vi antes.

Sua nova imagem

é mosaico,

cachos,

longas saias,

grandes lentes,

vida pensada, condensada em atos.

E vem paixão pelos passos,

é passado condensado,

ponte.

É ver tua parte comigo de longe,

a que você quer que eu te conte

quando te vejo de longe.

Entendo...

Quando o outro diz que nos vê,

ajuda-nos a ser o quê

só não se adianta.

Gabriel Messias
Enviado por Gabriel Messias em 21/02/2017
Reeditado em 28/03/2017
Código do texto: T5919815
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