MINHA ALMA MARINHA

Quando eu olho o mar bravo,

Eu sinto medo da tempestade dentro de mim,

Eu tenho gritos guardados do fundo do mar,

Que minha alma que há tempos quero soltar...

Eu sou como o mar,

Em alguns momentos calmo e cristalino,

Em outros, feroz e incontrolável,

Como se fossem ondas gigantescas,

Sacudindo e brincando com petroleiros e plataformas,

Como se fossem caixinhas de fósforos...

Eu sou como o mar,

Há momentos que sou pura alegria,

Em outros melancolia...

Minha alma é como o mar,

Tem momentos de cheia e de vazantes,

Que se revezam entre si,

Num ciclo natural do homem,

Do mar, da alma...

Minha alma é abissal,

Como os locais mais profundos do mar,

Embora nela nada se possa ver,

Está cheia de vida,

Que poucos, muito poucos, conseguem ver...

Nela guardo segredos,

Como velhos barcos naufragados,

E sepultados no fundo do mar...

ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS
Enviado por ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS em 20/02/2017
Código do texto: T5918108
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