SEU OLHAR

Tantas peças

Quantos sonhos

Quantas ilusões aturdidas

Jogando pétalas ao vento

E a tristeza ao relento

Num olhar atento

Despeço-me de quase tudo

No meio do nada ausente

Mesmo porque não sou louco,

Apenas penso que penso um pouco!

Já ensinei muita gente a viver

É pena que não quis apreender

E por isso continuo fazendo asneiras

Durante a vida inteira

Aqui volto a SONHAR

Apesar da falta de perspectiva

E alegria em pleno luar!

Telas, peças, poços,

Caroços, em pescoços,

Em suspensão no ar

Arregimentam a cimentação

Da emoção

Degustada na estrada do mar

Cheiro de ondas flutuantes

A cada instante do seu olhar

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 19/02/2017
Código do texto: T5917614
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