EU SEMPRE VOU TE AMAR

Com a chuva vem o vento frio da saudade,

E o sol se pinta de um branco triste que chamam de cinza,

Mas as cinzas que importam são as de meu coração cremado,

Cinzas jogadas ao vento que ainda pulsam de amor por ti...

Ainda que o tempo clareie será sempre inverno sem você Inácia,

Mais um dia sem você aqui... Mas sorria, hoje é seu dia,

E com ele vem o despertar da esperança que nunca morre em mim,

É sempre bom crer assim para quem ama...

Se há o gorjear dos passarinhos,

Estes certamente passarão diante de teu canto de amor,

Se há o cheiro da chuva que chega... Chegou tu, meu amor,

Tudo, absolutamente tudo em mim é tu...

Para suavizar o caminho sob as pedras de minha jornada de solidão,

Sou poeta,

O que é um poeta?

Alguém pode responder?

Alguém atreve-se?

Ah ó poeta!

És nada!!

És tudo!!!

Somos quem ama além do tempo,

Somos que chora na chuva para ninguém ver,

Somos somente sementes de esperanças esperançosas

Somos...Poetas!

Nossos sentimentos são pingos de tinta vermelha no papel,

Dramática cena de crime no bordel,

Que só existe, no amor da prostituta e do poeta,

Poetas...

São pingos de tinta azul no papel,

Uma lágrima que verte de um olhar anil,

Do solitário coração desenhado com tinta vermelha,

Só não se sabe para quem...

Minhas noites amor são longas,

Sempre pensando em ti,

Fui a uma livraria comprar poesia, lembrar de ti,

Tinha pouco lá, em uma canto acolá...

Comprei um livro de Drummond,

Outro de Goulard,

O que um ou outro diria,

De minha "mania" de te amar?

E se eles vissem,

O que fizeram com a poesia,

Que eles tanto amaram um dia?

Infelizmente, ela sucumbiu a modernidade de cada dia...

Ah tristeza que habitas em mim!

Será que passarás um dia?

O que fazes aqui dentro?

Acaso tens nome próprio? Sóis um ou um milhão?

Tristeza que habita em mim,

Acaso Iludo-me em dar-te mais do que sóis?

Quando não dou eu um passo e não deixo-te passar?

De um amor que jamais foi... E na verdade; foi-se?

Tristeza que habita em mim, felicidade que habita em mim,

Tens tu nome próprio? Claro que sim! Inácia musa minha,

Este é o nome que habita em mim!

Serás tu a razão de meu viver? Morrer?

Tu, Inácia minha,

Tu vida minha,

Não és nem sinistro e nem amor,

És muito mais além, rosa minha de Helfeti,

És para sempre, meu lindo jardim de gozo, de dor...

ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS
Enviado por ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS em 18/02/2017
Código do texto: T5916006
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