* Serei de Céus *
Faça de minha pele tua morada,
Abrigue-se em minh'alma,
Alma minha cansada.
Passeie por todos os entres,
Não pense em mais nada.
Entre!
Serre-me os dentes,
Adentre ...( em meu íntimo ser ).
Útero de meu viver....
Festeje o retorno,
O agora,
O nunca que se vai.
E nem é meio,
E nem é mais,
É a subjunção de um todo,
Teu ser que toma todo meu corpo,
E te trago,
De gole em gole,
Para matar a minha sede.............( De ti ).
Fazendo de mim,
Pequeno Colibri,
Em revoadas,
Renovando,
A própria renovação,
Eis que nada é em vão...
Partirei em voo rasante,
Aguarde só um momento,
Espere um instante!
O universo é o contexto da própria solidão.
Deixe-me tatuar em teus olhos,
O significado de toda razão,
E só assim, então....
Fazendo-me horizonte,
Serei de céus,
A própria Imensidão.