CAMPO DE GUERRA
Já me preparei, contra
uma possível guerra,
que possa haver entre nos dois.
Estudei cautelosamente,
todos os pontos estratégicos,
para que o primeiro ataque,
seja realmente fulminante.
Comprei vários tipos de armamentos.
Inúmeros brigadeiros ,
já se posicionaram sobre a mesa.
Acabo de receber um enorme,
carregamento de balas,
para todo e qualquer tipo de gosto.
Balas da Chita, com a boca aberta.
Balas de goma, para espichar o assunto.
Balas de mel, para adoçarem seus lábios.
Balas de hortelã, abacaxi, laranja e menta.
Balas refrescantes que acalmarão sua tormenta.
Balas de cocô, maçãs verdes, uvas e caramelos.
Balas de vários sabores e até de amendoim,
para que eu poça matar todo este desejo,
de ter você só para mim.
E ainda, um bom estoque de bom-bons,
doces, chocolates e até rapaduras.
Acredito que eu esteja realmente,
bem armado para enfrentar esta batalha,
onde tentarei não cometer nenhuma falha.
Porém, acabei me vendo envolvido,
em um grave problema inesperado.
Meu campo de batalha, ficou bem armado,
com balas espalhadas pelos quatro cantos.
Mas, porém, fui atacado e sem nenhuma defesa,
por um gigantesco batalhão de formigas,
que se espalharam por toda a casa,
e ainda por cima, dizem serem, minhas amigas.
Realmente, já não sei mais o que faço.
Se continuo entrincheirado,
no meu campo de guerra,
entre as formigas e o doce da vida,
ou se me entrego por vencido,
e volto correndo para o seu abraço.
Pois não há guerra mais cruel,
e devastadora neste mundo intenso,
do que esta, de deixar nos registros deste papel,
que não sabe nem mesmo o que eu penso.
Nova Serrana (MG), 02 de outubro de 2010.