Eu sou o amor

Eu sou o amor

O fruto doce

Pra quem sabe apreciar

Pra uns algo insosso

Amargo

Até venenoso

Difícil de me encontrar

Estou plantado

Em qualquer esquina

Ou lugar

Você passa por mim

Nem me fita um olhar

Eu te faço falta

Te deixo vazio

Por não saber-me

Apreciar mesmo saboroso

Ainda existem muitos que de mim

Levam à vida à desdenhar

Não sou vingativo

Mais toma cuidado

Pois do jeito

Que de mim fala

Ainda posso te fazer chorar

Tu és soberbo

Pra esse mundo

Por minha causa vinheste

Numa linda noite de amor

Numa penumbra ao luar

Teus genitores

Dançaram à minha melodia

E ao contrário de você

Foram sábios

E souberam à minha

Humilde companhia

Me apreciar

Não sou tirano

Nem profano

Contemplo à réis

À plebe

à ninguém deixo à desejar

Eu sou o amor

de quem tu sempre debocha

Mais sei que um dia num canto desse mundo

Tu e mais alguém me chamará

Em sussurros

Vem nos completar...

Ricardo do lago Matos

Ricardo Matos
Enviado por Ricardo Matos em 16/02/2017
Reeditado em 08/04/2017
Código do texto: T5914553
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