Eu sou o amor
Eu sou o amor
O fruto doce
Pra quem sabe apreciar
Pra uns algo insosso
Amargo
Até venenoso
Difícil de me encontrar
Estou plantado
Em qualquer esquina
Ou lugar
Você passa por mim
Nem me fita um olhar
Eu te faço falta
Te deixo vazio
Por não saber-me
Apreciar mesmo saboroso
Ainda existem muitos que de mim
Levam à vida à desdenhar
Não sou vingativo
Mais toma cuidado
Pois do jeito
Que de mim fala
Ainda posso te fazer chorar
Tu és soberbo
Pra esse mundo
Por minha causa vinheste
Numa linda noite de amor
Numa penumbra ao luar
Teus genitores
Dançaram à minha melodia
E ao contrário de você
Foram sábios
E souberam à minha
Humilde companhia
Me apreciar
Não sou tirano
Nem profano
Contemplo à réis
À plebe
à ninguém deixo à desejar
Eu sou o amor
de quem tu sempre debocha
Mais sei que um dia num canto desse mundo
Tu e mais alguém me chamará
Em sussurros
Vem nos completar...
Ricardo do lago Matos