Éden dos Enamorados
Teus lábios parecem pitanga suculenta
a aurora dos teus olhos acende meu dia
o hálito vem no sopro da brisa sonolenta
o abraço que me dás me enche de energia
Colhemos flores no Éden dos enamorados
e garimpamos pétalas esparsas e atiradas
bebemos da fonte de canteiros alambrados
colorimos cenários que ornam as estradas
Sutis, os pássaros nos gorjeiam em hinários
passeamos em meio ao silêncio das catedrais
no adro refletimos sobre os nossos imaginários
sob o esvoaçar inquieto do bando dos pardais
Caminhamos sobre calçadas banhadas de prata
na noite que se antecipa e nos promove o luar
sonhamos acordados e nada, nada nos desata
aos ventos de janeiro loucos e afinados a cantar