Para o terno "Brisas"; para o pungente "Uivo", de Facuri



Para "Brisas":


Doçura plena, caríssimo,
vinda como lufada de vento puro
na luz da manhã.



De saudades se vive
de saudades se morre
das saudades se renasce.

Ah, vida que renasce sempre
que escapa de todas as prisões
se o coração está vivo e se vê ainda
capaz de sonhar...

Ah,coração sabendo-se ainda
capaz de sonhar.









Para "Uivo":

Lobo...lobo...

Teu uivo ecoa pelas montanhas
entra por mim dentro rasgando...

Ah, tu sabes o quanto
e eu às vezes queria saber menos
do uivo dos lobos
saber menos
do meu próprio uivo

Noite...
noite...
Lua ... Lua...

acolhei-nos com amor
a nós e a nossos uivos...
uivos de dor
cânticos de amor.