VEM


Preciso abraçar-te com todas as forças do meu ser
Como se fosse a primeira, a única, a derradeira vez...
Preciso afagar teu rosto com doçura
E navegar nestes olhos que me espreitam com ternura...

Vem

Já não suporto os apelos da tua boca tentadora
Quero que me roubes um beijo, a princípio, brando
Mas neste beijo quero sentir voz de comando
E desfalecer só de antever o gozo de outras carícias arrebatadoras...

Vem

E traz contigo as duas metades
A metade humana e a metade fera
Arranca-me de vez do meu insulamento
Rola comigo por desconhecidas ribanceiras
Desperta essa  esquecida mulher, à tua maneira
Explora sem pudor todas as fendas
Que fores capaz de encontrar dentre as minhas esferas...

Vem

Que o tempo urge
E uma mulher assim abrasada ...não espera!

Vem !!!