POR MEDO DE AMAR
Eu te sigo
Com o olhar
Com o olhar
Eu te chamo
Eu digo
O que a boca
Não consegue falar
Te amo
Nasci pra te amar
O afã me assanha
Eu rasgo as entranhas
Eu grito como louca
No interior de mim
Desejo carmesim
De me lançar
No seu pescoço
Arranhar o seu dorso
Me perder
Ou me encontrar
No seu enredo.
Mas você passa
Pela tangente
Sem perceber
A arruaça
O clima urente
Que me desalinha
Internamente
Clima que por medo
Eu omito
Insisto em não expor
Tanto amor
E desesperadamente
Te amo sozinha.