NÃO SOU NENHUM NERUDA
Não sou nenhum Neruda,
Não tenho o talento dele,
Nem a beleza de sua poesia,
Muito menos seus amores.
Não sou nenhum Neruda,
Mas, passo as minhas tardes,
A fazer versos, assim como ele,
Ao invés de deixar-me embriagar,
Por coisas vãs.
Não sou nenhum Neruda,
Mas tive meus amores,
Intensos! Assim como ele,
Como uma "plaza de toros".
Não sou nenhum Neruda,
Mas assim como ele,
Emociona-me as ondas do mar,
Num simples bater nas rochas... A cantar... A chorar...
Não sou nenhum Neruda,
Mas trago no peito um amor imortal,
Por um verso, um canto,
Por uma flor, um amor,
Que é só meu.