MULHERES EM GUERRAS
Não se vive o que está morto
nem se mata o mal com mal.
O mar da vida nunca afogará
o fogo intenso do amor.
O dia nem começou
e a noite ainda delonga.
As estrelas virão com o tempo,
as chuvas com os ventos,
o frio com inverno
e o calor com o novo sol.
O tempo nunca parou
porém as mulheres
estão sempre em guerras
algumas frias, outras santas
sem saberem o que fazer.
Pois quando o amor constrói
vem lhe as duvidas e as destroem.
Será vida, será arte?
Será sorte ou será morte?
Terá alguma razão de ser,
o ser que não sabe escolher,
entre a vida e a profunda dor?
O fogo do amor e o frio da morte?
Que guerra é esta, santa e fria,
que nos faz perder
o brilho das estrelas
e nos deixa cada vez
mais distante da paz?
Nova Serrana (MG), 02 de agosto de 2007.