Estação da saudade

Saudades daquela menina,

Que me levava para um canto do mato,

Para me contar casos,

E que descalça, mirava meus olhos.

Saudades da menina sapeca,

Que mordiscava meus lábios,

Ou que me deixava aos prantos,

Quando a esperava tanto.

Saudades daquele tempo,

No qual vivia com calma,

E esse amor que aspiro,

Alimentava minha alma.

Saudades dos velhos sonhos,

Da espuma nas águas do rio,

Do amor vivido e escondido,

Encontrado como um assovio.

Saudades daquela vida,

Do tempo que dizia sim,

Ao tempo que dizia tudo,

Sem nem uma palavra dita.

Saudades das palavras bonitas,

Pronunciadas com sentimento,

Que diziam sobre o amor,

Sobre os sonhos, lágrimas nos olhos,

E sobre a paixão cantada por anjos.

Saudades das cartas longas,

E da espera sempre à porta,

E que amarelada pelo tempo,

Não sai dos meus pensamentos.

Saudades das músicas,

Que não saem da cabeça,

Que trazem sonhos,

Antes que eu enlouqueça.

Apenas saudades...

Jorge antonio Amaral
Enviado por Jorge antonio Amaral em 13/02/2017
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