Limítrofes
O universo desintegra entre as mãos.
Manhã de névoa,
suspiros de quem remanesce,
cores de um amor que ressurge aos
poucos sob o olhar de quem se esvai aos tantos.
O universo desespera entre as bocas.
Onde andará tua boca que beijara loucamente a minha?!
Pedaços de vida sobre a mesa,
pedaços de nós, limítrofes, mas distantes.
Amor de minha vida, por que fantasias?
Por que fantasmas?
O universo ecoa mudo na ponta do meu cigarro...
Teu nordestino incauto,
teu poeta bobo,
teu verso feito em carne,
Mefistofélico-Aventino.
Todo o teu amor cravado em minhas mãos, mulher.