Limítrofes

O universo desintegra entre as mãos.

Manhã de névoa,

suspiros de quem remanesce,

cores de um amor que ressurge aos

poucos sob o olhar de quem se esvai aos tantos.

O universo desespera entre as bocas.

Onde andará tua boca que beijara loucamente a minha?!

Pedaços de vida sobre a mesa,

pedaços de nós, limítrofes, mas distantes.

Amor de minha vida, por que fantasias?

Por que fantasmas?

O universo ecoa mudo na ponta do meu cigarro...

Teu nordestino incauto,

teu poeta bobo,

teu verso feito em carne,

Mefistofélico-Aventino.

Todo o teu amor cravado em minhas mãos, mulher.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 11/02/2017
Código do texto: T5909137
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