VEM E VÃO
Estas mulheres que a mim vem
Implorando um pouco de carinho,
Deveriam saber que eu
Assim como elas
Também vivo sozinho.
Não deveriam me procurar.
Não deveriam fazer-me suas juras,
Pois não é justo fazer sonhar,
Um coração desiludido.
Elas sempre vêm e vão,
Como as ondas do mar.
Quando vem, trazem alegria.
E se vão, levam consigo,
Todos os meus sonhos,
Todos os meus projetos.
Assim meu desejo seria,
De que elas não me procurassem.
De que elas me esquecessem.
Pois de que me valem suas juras,
Ou seus momentos de paz,
Se elas sempre voltam a traz,
Deixando-me em fúrias,
Por não mais tê-las ao meu lado.
Nova Serrana (MG), 13 de agosto de 2010.