DECLARAÇÃO DESVESTIDA

Eu enruguei meu rosto para sentir melhor aquela sensação de desconforto que o nariz sente ao sentir uma vontade repentina de chorar. Aquele formigamento que transborda os olhos e envermelha-os.

De repente um dos meus ouvidos parou de escutar direito e tudo ficou abafado. O apito surgiu, mas foi ofuscado. O único som nítido era o da minha voz na minha cabeça, latejando, gritando, implorando para essa dor de nao te ter por perto passar. Suplicava seu nome...sua imagem...

Minha garganta ja não estava Boa, Depois de algumas horas olhando suas caras e sorrisos nas fotos antigas, tensionou.

Eu tento dormir calma e simplesmente sonhar com você. Mas está cada vez mais difícil lidar com a gula e a ira na madrugada...

Essa noite eu tive febre. Forcei voltar a saudade para me sufocar e entao colocar no papel o melhor que eu tenho para te oferecer...estando tão distante...meus sentimentos vistos pelos meus sentidos, leia-me, enxergue a vida com meus olhos...

Ah, eu não quero somente te ter assim, telefone e telas não suprem meu desejo de sentir sua pele, sua boca, seu sorriso desvestido, seu olhar entregue por total ao meu... corpo.

Ultimamente o amor anda tomando conta de mim.

O difícil é controlar essa vontade exacerbada de te dizer que te amo, a todo momento...

O mel não é mais melado do que minhas palavras pensadas.

A vontade de viver não é maior que a vontade de viver com você.

O sono não está mais vinculado a mim, foi substituido por pensamentos futuros, maduros ou não.

Meu rosto ainda queima, arde...cade você para fazer sentido na minha cabeça, para equilibrar meu coração, para amar sem perder a razão de sentir?

Rayssa Êvang
Enviado por Rayssa Êvang em 05/02/2017
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