Fixei meu olhar no infinito,
Nele rabisquei um retângulo
E pedi que minha mente, lembrando,
Retratasse seu rosto... como sempre, bonito.

Bem devagarinho,
Num trabalho de carinho,
Sua imagem aparecia
Numa janela que se abria.
E como foi bom... você para mim sorria!

Quando você sua mão levantava
Com gesto que me chamava...
Ódio! Muito ódio... meu olho piscou,
A janela fechou,
O rabisco se apagou
E só o azul do céu ficou.

Amanhã voltarei.
Darei uma piscadela
Querendo que o céu abra a janela
E que você apareça nela.
Aí, antes do inevitável piscar,
Eu direi para ficar, que vou atender o seu chamar.
Ismeraldo Pereira
Enviado por Ismeraldo Pereira em 05/02/2017
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