Catavento
Tu, sutileza,
Te chocas em meu corpo que dança solto, livre...
Te espantas
Mas sou catavento a esfatiar palavras
E lançá-las ao vento onde tu adormeces
E sonha
E com as palavras agora esvoaçantes
Catavento vai girando, formando raios de sol num dia quase sagrado a velar teu sono
E quando acordas vê os montes pela janela,
São os mesmos de antes.
O vento passou,
Catavento lentamente parou,
Palavras renascem inteiras de tua boca
E um beijo nasce, parecendo saltar do ventre que acende quente
E tu entende que sem vento
Não há de haver movimento, dança, ou o giro do catavento.