"Sabotage"

Nos primórdios,

O espírito das águas

Em espuma sublimado

Nas areias.

Enclausurar sonhos

E semear o pranto

Na vacuidade tumular

Do corpo em escombros.

Em tempo,

Sabotar engrenagens

E estancar o pêndulo

Que sulca a carne em lascívia.

E,

Na umidade dos olhos

Salpicados de estrelas:

Içar âncoras,

Alçar velas,

Abandonar o cais ...

Sangue singrando o silêncio

Estancado nas veias.

Fábio Vasques
Enviado por Fábio Vasques em 03/02/2017
Código do texto: T5901906
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