Ó melhor amiga,

Ó melhor amiga,

Venha cá, me diga;

Foi proposital

O encanto cabal?

Esse que me fez

Com grã cupidez,

Pegando meu peito,

Deixando-me preso;

Teve a intenção

De meu coração

Tomar para si,

Tirá-lo de mim?

Não faça segredo

E fale direito:

Pegou-me ou não

Com a intenção?

Ah, independente

Do que quis a mente,

Você me fez louco

De alma e corpo;

Agora, a carência

É minha essência,

E minha saudade

É toda a metade

Do que me compõe

E me sobrepõe.

Então, eu só peço

E me endoideço

Para que se quede,

Nunca se arrede;

Abrace-me forte

Da vida à morte.

Abrace-me forte

Da vida à morte.

Suplico, imploro,

Rogo, oro, choro;

Quero, desespero,

Peço com esmero:

Não se vá embora

Em nenhum agora

E abrace-me forte

Da vida à morte.

E abrace-me forte

Da vida a morte...

Por causa do encanto

Desmancho-me em pranto;

Só há um antídoto:

Que fique comigo.

2/2/2017

Malveira Cruz
Enviado por Malveira Cruz em 03/02/2017
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