Pomo da tua Boca

Não partirás sem antes apurares por ti o meu amor

Decerto não imaginas a grandeza deste sentimento

Nem sequer pressentes sua intensidade, seu fervor

Noção indefinida do carinho que por ti eu alimento

Recuso-me que partas sem que o fruto que carrego

Sacie a fome e sede que tua inquieta alma dilaceram

Noites a ficarmos juntos jamais me escuso ou renego

Tão certo como os astros noturnos no céu proliferam

Hei de tê-la em meus braços tão logo o sol já posto

Anuncie tua chegada por intermédio da hora acertada

E aí descortinarei o véu que ornamentará o teu rosto

Então provarei o teu beijo do pomo de tua boca rosada

Exclama! E articula a aflição que em vão tu pranteias

Guardada no teu âmago, o embornal que te angustia

Terás a mim doando-te o sumo do amor a mancheias

Minha inspiração cuidando dos teus desejos e fantasia

Rui Paiva
Enviado por Rui Paiva em 01/02/2017
Código do texto: T5899631
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