Palpite

Eu arrisco um palpite à minha sorte:

Cruzarei contigo antes que anoiteça

Te beijarei a boca sugando bem forte

Com ardor suposto dos pés à cabeça

Um frenesi comandará nossos anseios

Teus lábios nacarados aos meus colarão

Minhas mãos acariciarão os túmidos seios

Frêmitos, os nossos corpos estremecerão

Idílicas frases pronunciarei ao teu ouvido

Em sussurros que te arfarão o teu peito

Cerrará os olhos e como em um estalido

Despertarás sob um transe em nosso leito

Teu sorriso então brilhará instantaneamente;

Afagarei vertiginosamente teu ebúrneo ventre

E a lua prateará nossas formas levianamente

Já as estrelas silenciarão até que me concentre

Rui Paiva
Enviado por Rui Paiva em 01/02/2017
Código do texto: T5899630
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