A JANELA
Como se fosse hoje...
Ainda me lembro bem.
Noite quente de setembro
e você nua em meus braços,
envolvendo me com seus abraços.
O vento fresco da noite,
entrando pela janela do nosso quarto,
vinha nos açoitar suavemente.
Sua voz sussurrante aos meus ouvidos
e o silencio da noite a nos embalar.
Tudo nos envolvia e nos proporcionava
bons momentos de prazer e alegria.
Hoje, o vento frio da noite,
entrou pela janela aberta
do nosso quarto de dormir.
Procurei por você ao meu lado.
Você não estava.
Que pena amor, não ter mais você,
para alegrar as nossa noites.
O vento vem sempre me visitar,
e a cada noite, mais frio.
Por não ter você, eu me arrepio.
Antes de ir dormir,
fecho a janela do nosso quarto,
assim como fechei a janela do meu coração,
para que outra não venha ocupar o seu lugar.
Monte Azul (MG), 15 de outubro de 2013.