SIMONE

Nas grandes festas que ocorriam na cidade

costumava te observar de longe

feito criança rush fixada no carrossel.

Tinha desejos: arrumar um bom emprego, fazer parte da elite, concluir os estudos,construir uma família sólida ao teu lado

e me livrar do estigma do sobrenome Silva.

Mas tudo era fragmento cacos de ansiedade,

apoiado no velho travesseiro.

Hoje, passado esta enxurrada de anos,

recebo cruéis notícias do destino missivista.

Ela pertence a outro, que é tudo aquilo que eu desejava ser...

Que tem tudo que eu queria ter, exceto o amor iluminado.

Porque não se pode clonar o amor!

Exceto minhas memórias, ainda que tristes memórias

De uma tarde azul, seu olhar azul, distante, mas azul,

Simone.

CARLOS HENRIQUE MATTOS
Enviado por CARLOS HENRIQUE MATTOS em 26/01/2017
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