Sacrário...

Ah, minha pobre alma
Que profana te guarda,
E com um desejo absoluto,
Sussurra , o teu nome em vão.

Meus sonhos absortos
Perdidos no meu coração
Deixam uma ânsia melancólica,
Quando calas a tua voz.

Mas se choro esse lamento
Que não seja vão o meu tormento,
Pois, de saudades vou delirando,
E entre as dores me flagelando.

E tais segredos, eu desvendei
Quando em teu corpo habitei.
Pois entre risos, eu te amei
E hoje choro, a minha dor.

E na candura do teu olhar
Eu guardei os nossos segredos,
Já que tua alma, eu desenhei. E fiz,
De ti, um sacrário na madrugada.