O beijo do poeta
Beija-me à boca
E antes de ti tornares louca
Ti farei poeta.
Beija-me também os olhos
E eu te mostrarei a vida,
O poeta é chegada e despedida.
No porto da saudade,
Sua nau é a alegria
Onde navega o sofrimento.
O poeta namora a lua
E adormece olhando o firmamento.
A lira é sua madrinha,
Que Inspira o sonhador,
Ver beleza por onde caminha
Ouve coisas que não se imagina...
Suas noites são tão lindas,
Sempre cheias de esplendor,
Quando o poeta ama
Derrama em chamas o néctar
Do seu amor,
Sussurrando bem baixinho
No ouvido da mulher-dama,
Ela então se despetala em chamas
Nas labaredas do amor.
Ela pede com carinho,
Poeta, deixa-me um verso
Com o sopro da tua boca,
Estou marcada pela ternura,
Antes que eu deixe de ser louca,
Beija a minha boca,
O desejo em mim perdura.
Belo Horizonte - 25/01/17