Não esqueças de mim

Não esqueças de mim

Eu passava em tal instante errante e vago

Como um som de flauta em noite escura

Mas tu com palavras dóceis peregrina e pura

Como um pássaro inspirado cantando em manso lago

Contemplando as corredeira em soluços e afagos

E teu canto ungido de eterna doçura

Atraiu-me de modo a encantar nuvens e plumas,

com tão sincera e brilhante alvura

Não te esqueças de mim quando ao fim do dia

Aparecer a lua em um sinédrio manto

E quando um vento suave rosar-te a fronte

Lembre-se de mim que te lembro tanto

Não te esqueças de mim quando escutares

O gemido de um vivente em uma floresta escura

Então ao ligar o rádio em noites de sábado

Me ouvirá desfazer esse gemido de tristura

Não se esqueça de mim quando meu olhar

Cruzar com o teu meigo sem notar nada

Mas sentir-se como chama em um fervor profundo

Surgirá então uma ideia, uma queixa, uma saudade

Um anseio de vontade de conhecer de perto

Esse amor sem veto e exceto, esse amor mundo

E então, quando os dias de dor passados houverem

E o calor do tempo consumir-te o pranto

Guarda-te uma frase desse teu poeta

Não te esqueças de mim que te amo tanto...,

Edy

Edye
Enviado por Edye em 25/01/2017
Código do texto: T5892011
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