Súbita ventania
Como me pede para apagar o mar,
se nele estás a brilhar.
Choro enxurradas.
Precisei secar os olhos sobre
a luz do sol.
Deveria acompanhar os versos
que um poeta faz.
Eles sofrem de amor, oscilam.
Não tocam, mas chegam em ti.
Desfazem-se e com facilidade revivescem.
O fim de mais um dia descaía.
E tudo o que havia de você em mim,
se entremeavam desgovernados.
E tudo o que havia de mim em você,
esvoaçavam junto as rajadas de vento.