Jazer de um poeta...
Sempre que me olhar,
Ignora-me até o fim...
Não quero me magoar
Nem acender o estopim.
Tenho medo de sonhar:
Clareio-me no escurecer...
Já não quero nem pensar
No quanto posso sofrer.
Sou um bicho-do-mato:
Temo a flecha do caçador,
Pois, sua ponta tem veneno,
Veneno de muito amor.
Estou fechado aqui,
Sozinho no meu mundo...
Morrem flores no meu peito:
No meu coração fecundo.
Era fértil o meu saber
E impróprio o meu fervor...
Minha vida, sem motivo,
Perdeu, também, o seu sabor.
Jonny Mack 28.06.2001