Nada Nos Faltará

Meu cuidado curto ou quase nulo

Pode te dar a falsa ideia de desamor

Meu jeito despreocupado, imaturo

Pode ludibriar o que verdadeiramente for

Por isso eu confesso

No tribunal, na praça florida, em cima da casa ou em uma fila

Que “deleitar meu coração” tem teu nome como sinônimo

Que teu corpo é verbo imperativo de amar

Que sem você teria a tristeza como pseudônimo

Que toda silaba é medrosa até você pronunciar

As manhãs pacientes acordam no teu colo

Os desejos eloquentes são por você saciados

Euforia, repouso, conforto e perdão

São palavras obvias do nosso vocabulário

Que mais faltaria para o autêntico amor?

Uma filha? Duas? Pois então não falta nada!

Que mais eu queria para ser seu protetor?

Reconhecimento? Amplidão? Pois então não quero nada!

Pedro De La Rosa
Enviado por Pedro De La Rosa em 16/01/2017
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