O MORANGO QUE ME PEDES

O MORANGO QUE ME PEDES

dou-te,

da minha boca

pra tua boca,

o morango que me pedes,

após o prazer

de cópula deliciosa;

a voz de quem canta

na madrugada

uma canção romântica,

faz ronovar

a nossa doação amorosa;

o amor faz-se

em gestos, na meia-luz

do íntimo recinto;

e pela janela entreaberta,

a brisa amena logo

adentra, trazendo

o cheiro das flores

campesinas,

se embebendo em nossos

corpos bem enlaçados;

só o silêncio

agora, é cúmplice

do nosso

gozo amoroso, a velar

o nosso dormir,

enroscados

em alvos lençóis,

exalando o odor

do amor que fizemos;

enquanto o olor

das flores silvestres,

que o vento

suave ainda o faz

entrar,

presenciam o sair

momentâneo

de nossas almas,

para mais uma sessão

de voos oníricos

no pleno amanhecer.

Escritor Adilson Fontoura

e-mail: aafontoura@hotmail.com.br

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 15/01/2017
Reeditado em 09/01/2021
Código do texto: T5882569
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