O MORANGO QUE ME PEDES
O MORANGO QUE ME PEDES
dou-te,
da minha boca
pra tua boca,
o morango que me pedes,
após o prazer
de cópula deliciosa;
a voz de quem canta
na madrugada
uma canção romântica,
faz ronovar
a nossa doação amorosa;
o amor faz-se
em gestos, na meia-luz
do íntimo recinto;
e pela janela entreaberta,
a brisa amena logo
adentra, trazendo
o cheiro das flores
campesinas,
se embebendo em nossos
corpos bem enlaçados;
só o silêncio
agora, é cúmplice
do nosso
gozo amoroso, a velar
o nosso dormir,
enroscados
em alvos lençóis,
exalando o odor
do amor que fizemos;
enquanto o olor
das flores silvestres,
que o vento
suave ainda o faz
entrar,
presenciam o sair
momentâneo
de nossas almas,
para mais uma sessão
de voos oníricos
no pleno amanhecer.
Escritor Adilson Fontoura
e-mail: aafontoura@hotmail.com.br