PENSAMENTOS APORÉTICOS
Algumas noites são perdidas em pensamentos aporéticos
Em que um navegante imagina uma ilha em que possa ancorar,
Um porto seguro, um mar de paz,
Os remos são palavras ditas em sinceridade,
E ainda que banhadas em medos,
Podem abraçar um coração que palpita esperanças,
O tempo se faz presente, uma balança entre as coisas dividas entre a razão e o coração,
E assim liberando pouco a pouco a corda dos desejos,
Desembaraçando temores, enlaçando sonhos,
Em rios de curiosidades que regam as sementes da admiração,
Palavras ditas que soam como um acorde perfeito,
Surpresas de um universo misterioso que guarda seu amanhã,
Em um “te quero” tímido que cresce em sonhos,
Em um desejo estranho que não se pode definir,
Um líquido salgado que se forma nos olhos que contemplam esperança,
Em um sonho acordado que espera o tempo em conta-gotas,
Um mundo gigante, mas se fecho os olhos te vejo a uma batida do coração,
E assim as noites são perdidas em pensamentos aporéticos,
De risos, de sonhos, de pele que arde impaciente,
São os acordes da canção do navegante que deseja ancorar neste coração.