O MEU AMOR DO POEMA...
Meu amor do poema tem o corpo perfeito para mim.
Tem o beijo doce e quente; sabe o jeito que eu gosto,
Ama sem correria, fica triste quando é a hora do fim.
Tem fome de amar, está sempre muito bem-disposto.
O meu amor do poema tem um paladar de eternidade.
Gosto de fruta doce do sertão, jeito de rio, navegação,
É amor que se comete e em seguida já nasce saudade.
Fome que não se sacia com um amor feito água e pão.
Esse amor sabe querer e oferecer um banquete de rei.
Manjar dos deuses que não se dize o jeito que se faz.
Única lei que existe é que para se amar não se faz lei.
Um amor que sabe os caminhos e sabe ser perspicaz.
Mesmo que não seja eterno, mas é cheio de sal e suor,
Isso é que conta num amor; o tempo é que é o senhor.
O tempo saberá fazer eterno se eterno for esse amor...
Amada minha, estarei sempre e sempre ao seu dispor!