Pedaços a pedaços...

Tudo é paradoxal...

Não há ascensão...

Como se parássemos no tempo...

E em nada desabrochássemos...

Onde a natureza sucumbia...

e a beleza se desfazia...

E tudo se separava...

Nada se unia... não existe união...

Nossos corações em desarmonia...

Nossa canção morre todo dia...

Aquela luz tão viva está se apagando...

A alegria a satisfação... entulhos,

seixos que não podemos desviar...

O jardim que florescia, e perfumava.

O nosso amor já morreu...

A separação é triste,

com muitas perdas e danos...

É como um fim...

um drama com remorsos impasses...

onde nada combina... nem encaixa...

É corações em pedaços...

e até começar colocar tudo em dia...

tem muito que sofrer...

juntar pedaços, por pedaços,

até tudo se encaixar... a harmonia voltar,

para assim então recomeçar...

Cláudio Domingos Borges