O desvario da paixão insensata
cala-se, à voz tímida da razão isolada
Grita a emoção despida do raciocínio!
Emoções sentem...raciocínio pensa.
Emoções voejam na busca de si mesmas...
Raciocínio se prende em sua natureza.
Emoções se expandem em asas livres,
Raciocínio reduz-se ao espaço de alvitres.
Emoções permitem-se...curvam-se aos sentidos,
Raciocínio enclausura-se sem alaridos.
Emoções, autônomas, sem prisões impostas...
Raciocínio, escravo da crueza das respostas.
Emoção despe-se do raciocínio
E, a razão, destitui-se dos delírios.
A emoção sente...
O raciocínio desmente.
Na loucura, minha paixão insensata...
Na razão solitária, a mudez da ânsia alucinada.
No desejo, a emoção ensaia teu nome...
Mas a razão me adormece a voz.
Calo meu grito, sem dizer que te quero...
Morro aos poucos sem falar de nós!