Grito de amor
Da calçada observava o transito em movimento
Pedestres em lamento pela desunião dos homens
Pela velocidade exagerada dos homens
Pela a ganância dos homens
Pela desigualdade social que entre eles imperava.
Meu intimo indagava à eternidade dos homens
Nos veículos que em disparada passavam
Homens impecavelmente vestidos
De fortes perfumes que no ar exalavam
Enquanto pensamentos confusos em mim divagavam.
Os sonhos pareciam concretos, o amor parecia palpável
No asfalto que reluzia, a paisagem parecia verdejante
Como antes não se via, em meio à barafunda
A paixão parecia transformada em alegria
E eu atônito pensando em consertar o mundo.
Nos carrões, nos automóveis apressados, imperava
A mais valia, e todos se davam por terminados
Nos veículos que a feia ferrugem comia
E eu pela vida de coração dilacerado bramia.