NAS ENTRELINHAS
E quem são eles que estão assustados com o amanhã?
São como as flores ao final do inverno, quase mortas pelo frio,
Mas liberando o que resta de esperança para florescer na próxima primavera.
E quem são eles que estão preocupados com o para sempre?
São como as crianças que esquecem o medo de cair,
E se arriscam em novos sorrisos, mesmo ainda com arranhões na pele.
E quem são eles que só querem paz?
Que não se encontra em um céu de noite estrelada,
Mas na luz de um sorriso e na delicadeza de um olhar.
Talvez eles sejam reflexos de nossas histórias,
Que queremos escrever em terceira pessoa,
Tentando ocultar os versos nas entrelinhas, para parecer impessoal.
Talvez eles sejam apenas o que vemos em nós,
Esperando com esperança, esquecendo o medo de cair,
Relembrando os sorrisos e os olhares, e sonhando em repetir.