Ninguém é de ninguém
“Em amor, não há último adeus, senão aquele que se não diz.” Alexandre Dumas
“O olhar indiferente é um perpétuo adeus.” Malcolm Chazal
“Todos os meus dias são um adeus.” François Chateaubriand
Ah! Como eu te amei, do meu jeito, mas eu te amei.
Quis tanto ter-te pra sempre. Confesso que a falta
do teu amor me machuca. Confesso que dependo
dos teus beijos. Um velho amor não morre apenas.
Indiferença, talvez, seja pior que um sonoro adeus.
Tenho direito a um olhar de despedida, a um aceno.
Confessa que te maltrata a carência do meu corpo,
Admite que a toda hora tu ainda pensas em mim.
Eu sei que ninguém é de ninguém, já disse o poeta.
Mas em algumas ocasiões foste minha, sabes bem.
Então, por que isso, do nada, fica a inventar coisas?
Mudar não vou jamais, nem tu mudarás, inda bem.
É assim que adoramos um ao outro, assim seremos.
Então, deixa que fale mais alto o desejo e o apetite.