Sou e não sou
Sou e não sou
Sou o vazio, que sozinha preenche o meu eu
Não sou vazia porque não cabo em mim
Sou a ternura da insensatez
Que insiste em confundir meus desejos
Nunca serei sensata, se na curva da vida tiver que
Dizer não, quando quis dizer sim
Sou a paciência das mariolas ao vento
Mas tento, sem me enrolar nos tormentos
Resisto ao que quero e aprendo
Acenar ao próprio tempo
Na incúria do meu ventre
Sim e não se confundem, mas não
Satisfaço em vão!