Petéritos
Se eu pudesse dominar minha emoção
te extrairia do meu peito, dos meus pensamentos
deste poema.
Contudo eu quero, mesmo não te querendo.
Sinto raiva desta minha patética vulnerabilidade frente a ti.
Quero estar livre, para um novo amor talvez,
e tu não me permites.
Por que tu não me permites?
Daria o munto por ti,
e nada quero dar-te se não as costas.
Estou confuso, quero encontrar-me
onde puseste as chaves que abrem esta prisão?
LIBERDADE!
Quero gritá-la aos quatro ventos
ao sentir que já não estás mais em mim
que minha ilusão novamente me pertence
e que tu já não passas de um pretérito perfeito
ou mais que perfeito.
Texto selecionado para o livro: Novas Vozes da poesia 2016.
Outras produções: esferograficoss.blogspot.com