BEIJA-ME AGORA

A noite cala o pranto.

Dos olhos, lágrimas de dor.

Peito acorrentado, pensamento ilhado...

vôo até você.

Ir, decidir, partir, ficar

é um ter, querer e não conter

uma angústia, uma saudade

uma vontade que não sacia.

Visto o manto da solidão...

e o fogo do desprezo...

enquanto no céu a lua dorme.

Não existem mais sonhos nesta vida.

Perdi o caminho, no infinito dos teus olhos.

Onde está o norte?

Sigo minha sorte, esta cria maldita

que me perde nas encruzilhadas

e eu fico assim, a favor do vento

que vem de tua boca.

Beija-me agora, e minha dor será finita.

Edna Lautert
Enviado por Edna Lautert em 31/07/2007
Código do texto: T587467
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