Noite Insana
Noite insana...
De prosas, melodias e poesias,
Fujo do acaso, do descaso, do caso,
Do acaso fujo e me disfarço de prosa
Do descaso fujo com melodia
Do caso fujo com a poesia
Noite Insana...
Me disfarço na sofisma,
No abraço sou voluptuosa
No sereno sou pudica;
Noite insana...
De blasfêmia, gritaria e dor
Nunca reluz paz ao meu redor
Noite insana...
De fingida bonomia,
Na cantada que vira poesia
Sou ferida pelo brilho do teu olhar
Nem sempre com pudor nos versos que sou,
Na loucura de prender os lábios teu
Transformando tudo que traduz sensatez
Vou deixando um rastro com um beijo meu
em uma noite insana de cada vez.