Amor bandido

O seu amor, insolente,

revirou-me ao avesso

fora pedra em meu caminho

tornou-me tão travesso

dizimou a esperança

jogou-me no espesso!

Destronou meu coração

vagabundo, lazarento,

entregando-me de razão

a outro ternurento

que faz tudo que não fez

indecente, avarento!

Era seu o meu viver

no meu íntimo, digo bem,

deixou-me de bandeja

a outro que não tem

o seu cheiro, os seus olhos,

a tudo isto digo amém!

E agora quero apenas

que engula seu orgulho

que siga sua vida

me procurando no entulho

de sua vida tão bandida

amor de palha, de embrulho!

Daniel Cezário
Enviado por Daniel Cezário em 01/01/2017
Código do texto: T5868900
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