Ao se falar de amor

Meus beijos dedico a ti, mesmo que sejam nulos;

Minhas horas de insônia são gastas no teu sorriso, mesmo que já não [existam mais.

Amada minha, as minhas mãos desejam uma superfície quente,

E é a tua pele perfumada que procuram

No frio da meia noite.

As lágrimas dançam sobre as espinhas do rosto,

Dançam de felicidade por poderem ser de amor,

Amor por ti, minha menina dos olhos castanhos.

Serás eternamente do meu coração;

Serás, mesmo que lembranças de amor adolescente,

A coisa mais gostosa de se amar.

Sou isso que vês. Que lês em tua casa abençoada,

Quando te poetizo nas linhas do meu caderno (ou nas estrelas do céu),

Imagino-te de forma natural e singela:

No rosto, não é desenhado sorriso,

Nos olhos, não carregas ambições.

Estás como és: tranquila, sentada na cama

Ou em pé, olhando as estrelas.

Sou sincero ao te amar na noite

Que morre na janela do meu quarto.

Sou poeta ao te incorporar no plano imortal

Que finda na ponta da caneta.

Como sou feliz em dizer ao mundo

Que amo essa pessoa!

Ah, menina, se eles soubessem, se tu soubesses

Quantos momentos felizes vivi ao teu lado

(ou, longe de ti, sonhando com a imagem tua).

Quantas vezes deixei de lado a falta de fé

Para voltar-me aos céus, excluindo o orgulho naturalmente humano,

E pedir a Deus que a leve, intacta,

Pelos caminhos traiçoeiros do mundo doente que se vê.

Não sou triste por não me amar, meu bem.

Sou feliz por ensinar-me o amor:

A ser poeta (teu poeta). A passar os dias

Desejando somente o teu bem,

Desejando que o mundo a ame

Como amo.

Perdoe-me dos meus excessos e pecados,

Peço que me perdoes pelos meus vícios,

Pelos meus erros, porque sou humano;

Os homens já nasceram errados (da lama! sujos!)

As mulheres, como tu, vieram dos homens:

Mas não como inferiores ou dependentes destes,

E sim como uma versão privilegiada da natureza.

Nova. Restaurada. Livre dos erros.

Que falta sinto tua!

Pesa, no peito, saber que te magoo

E que sou potencialmente ruim para ti

(À tua felicidade!).

Tenhas certeza, que sempre,

Ao se falar de amor,

Em meus lábio tremerá o teu nome,

Caso ficar mudo,

A tarefa será do coração.

191216

Fhilipe
Enviado por Fhilipe em 30/12/2016
Código do texto: T5867731
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