Nas minhas mãos
Vem.
Nas minhas mãos macias
hás de encontrar carícias leves
que quanto mais leves
mais calor tu tenhas.
Vem, dentro de minhas mãos
soltar as carnes do teu corpo
e se abandonar ao morno,
terno afago dos meus braços.
Vem e deita nessas minhas linhas
os cachos do teu cabelo
e deixa que as minhas unhas
te arrepiem o pelo.
Vem, descobre em minhas mãos
o que te denuncia
e percebe também porque tu partias
e sempre voltavas
para minhas mãos...