MORRER DE AMOR
Queria tê-las em meus braços,
Beijar-te a fronte pálida e ressequida,
Unir-te-ia nestes eternos laços,
Ainda que seja a última vez em vida!
Viste que sofro e assim morro,
Longe do amor em perpétua ausência
E imploro aos anjos o socorro,
Sentindo nas ilusões a tua inocência!
Tantas lágrimas rolaram ardentes,
Nas madrugadas frias e sempre insones,
Ainda lembro-me das juras inocentes
Que fazíamos com nossos singelos nomes!
Juntei ao meu peito descorado,
Toda a ânsia escurecida em tanto sofrer,
Sou teu anjo – o poeta namorado
E pela tua existência quereria morrer!