Fúria de amor
Não me conformo com a noite
que deita meu corpo
e não faz amor com ele.
A morte, inerte como a pedra,
acabou-se nela própria,
como se não gozasse.
Quando eu morrer,
chorem muito.
Enterrem-me com outros corpos,
uns sobre os outros,
para que ainda assim,
digam sem gestos
o que fiz na vida
como louco.